MANIFESTO

São Paulo, 28 de julho de 2019

Executiva Nacional 

O momento é grave e requer reflexão, posicionamento e coragem. Não podemos nos acovardar.

Vivemos um momento de crise social e econômica. Um momento de desagregação social fomentado por forças externas que encontram ressonância em um povo castigado por um Estado perdulário, corrupto, oligárquico e descompromissado com a nação. Forças que buscam hegemonia mundial, nossas riquezas e nosso mercado.

Temos que nos organizar para as lutas que já estão presentes. Temos que deixar a zona de conforto, reorganizando o partido e aprofundando sua inserção na sociedade. Não aceitaremos ser subprojeto ou sublegenda. Respeitamos e apoiamos o pluripartidarismo e refutamos os extremismos autoritários e antidemocráticos.

Somos pela autodeterminação dos povos e contra a divisão das nações em blocos para sua submissão.

Somos pela inclusão e diversificação do pensamento político e contra a criminalização da atividade política.

Somos pela defesa das liberdades democráticas, pela liberdade de culto, de usos e de costumes, pela sustentabilidade ambiental e econômica, pela redução das desigualdades sociais e regionais e pelo reconhecimento do elevado valor moral do trabalho.

Pela defesa dos povos originários, por uma sociedade fraternal e justa, pelo combate ao crime e a corrupção.

Pela defesa da educação de acesso universal e inclusiva como única forma de alcançarmos estes objetivos. Negando taxativamente o racismo e os privilégios, promovendo o mérito pessoal e a excelência, a partir de oportunidades iguais. Por investimentos e fomento à ciência, à tecnologia, à inovação.

O meio ambiente deve ter especial atenção. Em especial as águas internas e externas sem as quais estamos fadados ao fracasso e à morte. Urge uma política efetiva de conscientização e defesa das nascentes, afluentes, córregos e rios. Das matas ciliares e das populações ribeirinhas, tradicionais defensores destes ecossistemas. Parece estranho ter que reafirmar que sem água entraremos em fatal colapso.

O amparo, a assistência e o respeito à experiência geracional devem nortear nossas ações, na perspectiva de entender a velhice como uma nova identidade, autônoma e indicadora de possibilidades e inovações, a partir das vastas experiências de nossas vidas.

A igualdade entre mulheres e homens não pode tardar mais uma década. Ela tem urgência e deve ser compromisso de todos. A violência de gênero é inaceitável e deve permear uma política de paz, responsabilidade e respeito.

Vamos mobilizar para mudar. Vamos fazer filiações conscientes. Vamos buscar na sociedade o engajamento e financiamentos de nossa atividade política, com inclusão e diversificação do pensamento e das práticas, sempre na busca do interesse coletivo. Não aceitaremos que a atividade política seja uma atividade para ricos e especialistas.

Vamos precisar de todas e de todos.